Yara Prado Maia de Faria.
A Bruxinha Azulinda, era uma bruxinha
muito pequenina, que vivia na Floresta Encantada. Sabem qual a brincadeira que ela mais gostava de fazer. Não? Pois eu vou contar.
A bruxinha Azulinda, depois que aprendeu a voar na sua vassourinha, saía voando por cima das grandes árvores da Floresta e ia espiar a vida na cidade.
Um dia, ela foi até lá e voltou muito curiosa. Como estava linda! Tudo estava diferente!
As casas tinham pinheirinhos verdes enfeitados de bolas coloridas e fios prateados. As ruas, as pessoas e até as lojas estavam com um arzinho especial.
— Ah! Tenho que descobrir o que está acontecendo por lá. Vou montar na minha vassoura e voltar voando.
Sabem o que ela descobriu? Descobriu uma coisa linda: descobriu que era Natal.
O que estavam festejando era o nascimento do Menino Jesus.
A Bruxinha voltou triste, triste para a sua casa na Floresta...
— Que pena eu ser Bruxinha! Na Floresta, nunca festejamos o Natal... Minha casa nunca teve pinheirinho, nem dei ou recebi presentes... Que posso fazer??? pensou a bruxinha.
Ela andou de um lado para outro, pensando... pensando... E, teve uma ideia:
— Já sei! Vou fazer uma festa de Natal aqui na Floresta. Pinheirinho eu tenho um, plantado numa latinha no fundo do quintal.
Foi apanhar e voltou logo.
— E, os enfeites? Ora, afinal, para que sou bruxa?! Vou fazer uma bruxaria. Deixe ver nos livros de receitas!
A Bruxinha apanhou um grande livro, folheou, folheou até que encontrou o que procurava. Apanhou a sua grande colher de bruxa e no seu caldeirão de bruxaria começou a fazer um encantamento: pedacinhos de miolo de margarida do campo, pozinho de asa de mariposa, néctar de amor-perfeito, suco de girassol gigante. E disse as palavras mágicas:
"Vira que vira
Tem que virar
Bruxinha Azulinda
Está a mandar."
Foi repetindo estas palavras, cada vez mais depressa, até quase não se perceber o que ela dizia. Começou então a subir uma fumacinha azulada, depois uma rosada, depois uma amarela. A Bruxinha Azulinda ficou feliz:
— Deu certo! Deu certo a bruxaria!
Todos os amigos da bruxinha receberam um presente e um convite.
A bruxinha deu os últimos retoques nos enfeites do quintal e ficou esperando as visitas: chegou Dona Girafa com sua gola, Seu Leão muito bem penteado, Dona Raposa com seu colar, Seu Esquilo, enfim todos os amigos da Azulinda.
Foram chegando e cumprimentando:
— Boa noite, bruxinha Azulinda! Por que nos convidou?
— Eu vou contar, eu conto já. Vão entrando, vão entrando.
Depois que todos chegaram, a bruxinha Azulinda fez uma grande roda e contou por que havia feito a festa:
— Sabem? Fui à cidade, vi tudo enfeitado, todos felizes e contentes e quis saber o que estava acontecendo. Sabem o que era? Festejavam o Natal, O nascimento do menino Jesus. Assim, eu resolvi também festejar e dar presentes a todos vocês.
— Ah! Então também daremos presentes a você bruxinha!
Saíram todos, e cada um voltou com um presente. Seu Elefante puxou uma grande pedra para servir de banco para a bruxinha; Dona Girafa apanhou uma orquídea que estava numa árvore muito alta; Seu Coelho trouxe flores; Seu Esquilo, um colar de coquinhos. Enfim, todos trouxeram alguma coisa para a bruxinha Azulinda.
Então ela ensinou a todos uma música que dizia:
"Bate o sino, pequenino, sino de Belém..."
Foi esta a primeira festa de natal na Floresta Encantada!
Sugestões:
Técnica utilizada: cineminha.
Vocabulário: bruxa, bruxaria, mágica, pinheiro, convite, cartão.
Assuntos para diálogo:
- Como comemoramos o natal em nossas casas?
- Será que os bichinhos sabem o que é natal?
- Existem bruxas de verdade? (desmistificar o conceito de bruxas, feiticeiras, etc., através do apelo ao raciocínio).
- Como a gente se sente ao receber presentes?
- E ao dar presente? (explorar outras emoções positivas).
Atividades:
- Preparo da festa de Natal na escola, fazendo presentes para os coleguinhas, enfeitando a sala com seus trabalhinhos, etc.
- Dramatização espontânea da história.