fábula recontada em verso e prosa.
Autora Sandra Aymone
Ilustrador André Ceolin
"Por mais humilde que seja, um bom trabalho inspira uma sensação de vitória."
Jack Kemp
Sobre a Fundação Educar DPaschoal
A Fundação Educar DPaschoal foi criada em 1989 para gerir os investimentos do grupo DPaschoal em programas de estímulo à leitura. Promover a educação para a cidadania como estratégia de transformação social é a missão da Fundação Educar, que constrói parcerias e desenvolve três projetos.
O Leia Comigo!, que utiliza recursos próprios e de outras empresas através da Lei Rouanet, para produzir e distribuir gratuitamente livros educativos para crianças e adolescentes. Desde o ano 2000, já foram doados mais de 33 milhões de exemplares, em todo o Brasil.
A Academia Educar, que promove a formação de núcleos de lideranças juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra em si o potencial que o torna capaz de transformar sua realidade, de sua escola e de sua comunidade.
E o Prêmio Trote da Cidadania, que reconhece e incentiva universitários de todo o Brasil a promover ações sociais com os calouros, para estimular o empreendedorismo social e reduzir a prática do trote humilhante ou violento.
Procurando contar sempre com valiosas parcerias, a DPaschoal deseja, cada vez mais, dar sua contribuição à sociedade em sua caminhada pela educação e pela cidadania.
resumo do livro a formiga e a moscaAutora Sandra Aymone Coordenação editorial Sílnia N. Martins Prado Revisão de texto Katia Rossini Ilustrações Andre Ceolin Projeto gráfico e diagramação Foco Editorial Realização Fundação Educar DPaschoal www.educardpaschoal.org.br Fone 19 3728-8129 Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros: Argius Transportadora Ltda., Braspress, Hiperion Logística, Trans-Iguaçu Transportes, Transportadora Capivari Ltda., TRN Pavan. Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda, em papel couché fosco (capa e miolo). Esta é a 1ª edição, datada de 2010, com tiragem de 7.000 exemplares.
3. 2 3 Nico e sua irmã mais velha, Malu, estavam no quintal da chácara do vô Pedro, observando as formigas. Em fila, elas carregavam pedacinhos de folhas verdes para dentro do formigueiro, que tinha a forma de um minivulcão. – A que horas acaba o trabalho delas? – perguntou Nico à irmã. – Não sei, não! – respondeu Malu. – Acho que elas só param quando vão dormir! – A mamãe diz que as formigas são muito trabalhadeiras... – lembrou Nico. – É mesmo! – recordou-se a menina. – E o vovô, uma vez, me contou a história de uma formiga que conversava com uma mosca... Será que ele ainda tem o livro? Vou lá ver e já trago! A menina correu para dentro da casa e logo voltava, trazendo um livro com jeito de antigo. – Conta, Malu! – pediu Nico. E Malu contou.
4. 4 5 – A formiga e a mosca. “Uma pequena formiga, ocupada em trabalhar, Encontrou, um dia, a mosca, que a chamou pra conversar. – Pare um pouco! – disse a mosca. – Sei que nós somos vizinhas: você mora no jardim, já, eu, prefiro a cozinha. A mosca tagarelava pousada numa plantinha: – Enquanto você dá duro, levo vida de rainha! Não preciso trabalhar, como só boas comidas, tenho tudo o que quiser, sou mesmo uma boa-vida! A formiga pôs no chão a folha que carregava, para poder responder àquelas bobas palavras.”
6. 8 9 Nico interrompeu de novo: – A Fiapinha devia ter dito pra Tuca ter cuidado também com o mata-moscas do vovô! Quando ele resolve acabar com elas, é vapt-vupt! Não sobra nenhuma! Malu riu e continuou a leitura. “Fiapinha, então, falou: – Sei muito bem meu valor. Você prefere roubar e eu trabalho com amor! E, se você não se importa, não tenho tempo a perder. Cuidado com inseticidas, é o que posso lhe dizer... Ao ouvir este conselho, a mosca só deu risada. Sem dar bola, a formiguinha seguiu pela sua estrada.”
7. 10 11 As janelas e as portas da casa onde ela morava estavam todas trancadas e, presa, ela só gritava!” “Tempos depois, Fiapinha, subindo em uma vidraça, ouviu pedidos de ajuda: – Me acudam nesta desgraça! – – gritava Tuca, lá dentro, sem conseguir escapar: os donos da casa tinham saído pra viajar. – Eu também, uma vez, fiquei preso dentro de casa, lembra? – disse Nico. – Claro que lembro! – falou Malu. – Em vez de sair com a gente, você ficou lá dentro e trancou a porta com a chave! Depois não conseguia abrir... Ainda bem que o papai tinha outra chave com ele. – É, eu era pequeno... Mas e a Tuca? Ela não tem chave... Ela vai morrer? – Se você me deixar contar, vai ficar sabendo...
8. 12 13 Pelo chão empoeirado a Tuca se arrastou. Com ajuda de Fiapinha, a liberdade alcançou!” Depois de pensar um pouco, logo ela bateu na testa: – Tive uma ideia! A porta! Embaixo dela há uma fresta! “A Tuca já estava fraca, sem nada para comer. Sentindo pena, Fiapinha Não sabia o que fazer – Ufa! Aposto que, depois disso, a Tuca resolveu ir trabalhar! – disse Nico. – Ah, isso eu não sei... – falou Malu. – A história não conta o que ela fez. Mas é uma boa ideia! Que trabalho será que uma mosca pode fazer? Já que ela voa, pode trabalhar nos Correios, entregando cartas!
9. 14 15 Nico teve outra ideia: – Já que ela tem um monte de perninhas, podia vender sapato! – A centopeia tem muito mais pernas! – lembrou Malu. – Já sei! A centopeia é a dona da loja e a Tuca arranja um emprego lá! Vou fazer estes versinhos pra completar a história, duvida? Malu pensou por alguns instantes e depois recitou: “Toda suja e amassada, Tuca pensou numa ideia: – Vou procurar um emprego na loja da centopeia!... A centopeia morava numa árvore do mato e em sua loja vendia todo tipo de sapato...”.
10. 16 Nico bateu palmas! Tinha ficado bem bacana! – Mas... e no livro? – ele quis saber. – Como é que termina? Malu, então, leu o final da história. “Naquela noite, a formiga aos seus filhinhos contou a história daquela mosca e, no final, completou: – Quem não quer passar por isso, deve sempre ter em mente: só com estudo e trabalho seremos independentes!” – Que bom que tudo acabou bem, né, Malu? – É mesmo, Nico! A mosca aprendeu... Agora vamos lá dentro, que estou sentindo cheiro de bolo quentinho! E os dois correram para casa.