Reflexões sobre o Natal
Significado do Natal e Seus Símbolos
Natal
Unidade Na diversidade
Desde tempos muito antigos, os mitos solares faziam nascer o deus Sol no solstício de Inverno, quando os dias começam a crescer.
Os egípcios traziam ramos de palmeiras para dentro de casa no dia mais curto do ano em Dezembro como um símbolo de triunfo da vida sobre a morte.
Os egípcios, em especial, celebravam todos os anos, no solstício de Inverno, o nascimento do pequeno Hórus, filho da virgem Isis.
Entre os povos do Oriente, o sol nascente era representado por um menino no colo de uma Virgem celeste, sua mãe.
Os romanos celebravam, nesta altura, o deus Saturno com bebidas e a comidas abundantes
Na Letónia, ainda se festeja o Solstício de inverno (dia 22 de Dezembro), ou seja o regresso do sol, porque nessa data os dias começam a tornar-se mais longos.
As pessoas decoram a árvore de Natal com cem velas enquanto comem deliciosos biscoitos de gengibre.
A celebração cristã do Natal só foi iniciada no século IV quando o Papa Júlio I proclamou o dia 25 de Dezembro como o do nascimento de Jesus.
Wren boys - Irlanda
Festa dos Rapazes – Trás-os- Montes
Outras celebrações que tinham por base rituais pagãos ou romanos foram adaptadas e transformadas para se inserirem no cristianismo.
O culto da natureza dos tempos antigos está, sem dúvida, na origem da celebração da árvore.
Os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas.
A árvore de natal, referida, pela primeira vez, na Alemanha, era antigamente, adornada com velas e guloseimas, hoje com lâmpadas e símbolos do Natal.
Actualmente, o advento começa a ser celebrado, quatro semanas antes do Natal, acendendo, uma das quatro velas de uma coroa feita de ramos verdes.
Na Dinamarca, há milhares de velas por todo o lado e há sempre bolinhos e doces prontos para os visitantes, para que o espírito do Natal (Yul) não se vá embora.
Cada casa faz as suas decorações. Os pais decoram em segredo a árvore , iluminada com estrelas, doces e muitas coisas brilhantes. Esta só pode ser vista à hora do jantar, pelas crianças.
Ao cair da noite, lê-se o Evangelho do Natal e todos entoam cânticos.
O Pai Natal foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e na cidade de Myra, na Turquia, no século IV. A sua generosidade deu origem a lendas segundo as quais visitava a casa das crianças no dia 6 de Dezembro e colocava um saco com moedas de ouro na chaminé.
A sua transformação em símbolo natalício aconteceu na Alemanha e daí correu mundo.
Muitos grupos corais e instrumentais percorrem as ruas tocando e cantando músicas de Natal. A primeira canção conhecida, Silent Night, data de 1818 e foi executada na igreja da vila de Oberndorf, na Áustria, pela primeira vez.
Prefeitura de Nuremberga enfeitada dutrante a feira de Natal
Na Áustria é costume organizarem-se «mercados do menino Jesus» em muitas cidades
A figura do Pai Natal, que conhecemos hoje, foi obra do cartoonista ThomasNast, na revista Harper'sWeeklys, em 1881.
O seu aspecto foi um muito influenciado pelo poema do norte-americano Clement Moore escrito em 1822 intitulado «Uma Visita de São Nicolau» no qual substituía a mitra pelo boné, o báculo pelo saco e o burro por oito renas. Nascia o Pai Natal.
Nos anos 30 do século XX, a Coca-Cola contratou um publicitário para criar a imagem da marca para a campanha de Inverno. Deste modo, as cores da empresa ficaram associadas para sempre à figura do Pai Natal: o vermelho e o branco.
E O PRESÉPIO ?
O presépio de Natal surgiu no século XIII, e ainda hoje se faz. As primeiras imagens que representam a Natividade foram criadas em mosaicos no interior das igrejas e templos, remontando ao século VI.
S. Francisco de Assis, em 1224, teve a ideia de criar o primeiro presépio em figuras de barro.
Em França está muito viva a tradição do presépio.
Os presépios são feitos com peças de cerâmica. No sul do país, há artesãos especializados na sua confecção, remontando os moldes mais antigos ao século XVII e a feira mais antiga dessas figuras ocorre, em Marselha, durante o mês de Dezembro.
E os presentes?
Na Antiguidade, nesta época do ano, era costume cada agricultor trocar as suas especialidades de modo que todos pudessem consumir alguma variedade. Os romanos reforçaram este hábito, aumentando o volume e valor das ofertas.
Mais tarde, os cristãos adoptaram este costume, simbolizando a oferta de presentes, a generosidade do ideal católico, patente nos presentes trazidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus.
A Grécia é um país cristão, mas ortodoxo, que é um dos ramos em que o Cristianismo se dividiu.
Na véspera de natal as crianças vão de casa em casa cantando kalanda (cânticos de Natal) e dão-lhes doces, frutos secos e prendas.
Tal como na Rússia, outro país cristão ortodoxo, jejua-se durante 40 dias e o Natal acontece a 6 de Janeiro.
No jantar de Natal come-se um pão especial: christopsomo (pão de Cristo).
Na véspera de natal as crianças vão de casa em casa cantando kalanda (cânticos de Natal) e dão-lhes doces, frutos secos e prendas.
Tal como na Rússia, outro país cristão ortodoxo, jejua-se durante 40 dias e o Natal acontece a 6 de Janeiro.
No jantar de Natal come-se um pão especial: christopsomo (pão de Cristo).
MERRY CHRISTMAS
Os ingleses apreciam decorar a árvore de Natal. As crianças penduram meias compridas na véspera de Natal para que o Father as encha de presentes.
A refeição de Natal é feita, ao meio dia do dia 25 de Dezembro.
Na tarde do dia 25, a maioria das famílias assiste pela televisão à mensagem especial da rainha
Uma das árvores de Natal mais populares encontra-se em TrafalgarSquare, em Londres. É uma oferta anual do povo da Noruega, em memória do acolhimento feito pelos ingleses ao rei Haakon, aí exilado quando o seu país foi ocupado por Hitler.
E o nosso Natal?
Entre nós, como em toda a Europa, o aspecto mais importante é o da festa da família.
Até à década de 1970 era o menino Jesus que trazia as prendas. A partir daí e com a acentuação da globalização passou a dominar o Pai Natal. No entanto, o fundo comum contínua – a generosidade, o desejo do bem estar dos outros, a paz , convívio – é esta a unidade na diversidade que pode ser resumida neste poema de Natal:
Quero que todos os dias
Sejam dias de Natal
Para todos terem alegria
E a ninguém lembrar o mal
Ó menino! Não te esqueças
De me dar um presente
Transforma todos os dias
Em Natais p'ra toda a gente.
Em Natais quentes de amor
Com cestos cheios de pão
Com luzes, sinos e febres
Com homens todos irmãos
Expansão do Natal
Os Portugueses, os Espanhóis, os Ingleses, Franceses, Ingleses e Alemães criaram uma economia à escala do Globo com as suas viagens de descoberta e divulgaram as tradições europeias
O Natal em Israel
"Mo'adim Lesimkha"
Fontes
www.museus.sp.gov.br/noticias/presepios.htm
http://natalnomundo.sites.uol.com.br
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4853434-EI308,00-Natal+Israel+alivia+medidas+de+seguranca+em+postos+de+controle.html
Nacional Geographic, Dez, 2007
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Natal na Europa, Público